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Diversidade Genética de Afro-Brasileiros: DNA Mitocondrial e Cromossomo Y

Tema: 
Biodiversidade
Autor(a): 
Kiyoko Abé Sandes
Orientador(a): 
Marco Antônio Zago
Palavras-Chave: 
não há
Ano: 
2003
Curso: 
doutorado
Unidade: 
FMRP -- FAC DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO

O presente estudo tem por objetivo avaliar a contribuição genética oriunda de brancos europeus, negros africanos e ameríndios na população atual brasileira, e identificar mecanismos que concorrem para a sua diversidade. A amostra é composta por 382 indivíduos pertencentes a seis populações: uma de descendentes de japoneses, uma de descendentes de europeus, e quatro de afro-brasileiros (duas urbanas e dois semi-isolados). Essas populações foram investigadas quanto à diversidade genética para estimar a contribuição de cada grupo étnico na composição da nossa população brasileira. Foram analisados 12 marcadores bialélicos da região não recombinante do cromossomo Y (SRY1532I, SRY1532II, SRY2627, SRY8299, DYS287, DYS271 , DYS199, 92R7, PN2, PN3, M34 e M9), 103 sítios polimórficos da região hipervariável I (HVS I), 22 SNPs em regiões codificadoras e uma deleção de 9 pares de bases na região intergênica COII/tRNA (LYS) do DNA mitocondrial. Os resultados mostram que a população mais homogênea foi a dos descendentes de japoneses, não tendo sido detectada mistura nesta amostra com nenhum grupo étnico. Nos brancos descendentes de europeus detectamos apenas um cromossomo Y de origem africana e nenhum de origem ameríndia, mas observamos 12,8% e 21,4% de linhagens de DNA mitocondrial ameríndias e africanas, respectivamente. Nos afro-brasileiros foram detectados dois cromossomos Y típicos de ameríndios em Salvador e seqüências de DNA mitocondrial de origem ameríndia com freqüência que variou de 2,9% a 21,9%, além de raras linhagens de origem européia (4%) em Ribeirão Preto. O conjunto dos resultados mostra que na formação da população atual houve uma maior contribuição de mulheres ameríndias e africanas do que de homens desses mesmos grupos, sendo a contribuição masculina maior a dos europeus. Dados sociais e históricos corroboram esses achados. Além disso, demonstramos a grande heterogeneidade das populações de afro-descendentes, principalmente em virtude da grande variabilidade da miscigenação.