user warning: UPDATE command denied to user 'w3usprio'@'172.28.0.5' for table 'cache_filter' query: UPDATE cache_filter SET data = '<p>Drosophila sp. B é uma espécie cactofílica do grupo repleta endêmica da América do Sul. Os indivíduos desta espécie criam suas larvas exclusivamente em cactos em decomposição. Suas populações estão distribuídas numa zona de vegetação xerofítica que se estende da Caatinga ao Pantanal, cruzando o Cerrado no Brasil-central e sudeste. Nesta última região, nos estados de São Paulo e Minas Gerais, as populações de Drosophila sp. B são encontradas nos topos de morros isolados, com vegetação de campo rupestre com a ocorrência da cactácea Pilosocereus machrisii, formando uma situação de \"ilha\" em área continental. Há indícios de diferenciação entre as  populações de Drosophila sp. B que ocorrem nesses morros da região sudeste, levando a crer no isolamento de cada uma delas.  Neste cenário, o estudo da estrutura de reprodução se torna uma condição importante para o entendimento da história evolutiva dessa espécie, uma vez que tal estrutura é um dos principais fatores envolvidos na manutenção da variabilidade genética das populações. Neste trabalho, a estrutura de reprodução da população de Drosophila sp. B, no Morro do Forno (Altinópolis-SP), foi estudada visando verificar o grau de estruturação da população em função dos cactos hospedeiros.  Neste estudo foi realizada a análise comparativa das freqüências aloenzimáticas entre amostras temporais da população adulta e diversas amostras de indivíduos emergidos nos cactos em decomposição. Os resultados dos índices de fixação das estatísticas F indicaram que a estrutura de reprodução é fortemente afetada pelos cactos em decomposição, pois há diferenciação entre as progênies de cada cladódio.  Foi verificado que esta diferenciação é principalmente devida ao efeito fundador, uma vez que o número efetivo de indivíduos responsáveis pela colonização de cada local de criação é bastante reduzido. Também foi constatado substancial endocruzamento nos locais de criação, provavelmente devido ao pequeno número de \"colonizadores\" e à suposta tendência das moscas permanecerem próximas aos locais onde foram criadas. Em função da população total ser uma reunião das subpopulações dos cactos, pode-se concluir que ela não está em panmixia. Apesar desses resultados, os índices observados que representam a variabilidade genética são similares aos de outras espécies cactofílicas que não se encontram numa situação de \"ilha\". Para explicar esta observação, é feita uma hipótese relacionando a conhecida expansão do tamanho populacional dessa população de Drosophila sp. B com a sua estrutura de reprodução, que levaria ao aumento da variabilidade genética na população, em vez da redução como seria esperado em populações com índices altos de endocruzamento.  Esta hipótese também é estendida para a manutenção da variabilidade genética na espécie, que acredita-se ter passado por vários eventos de expansão e retração das suas populações durante os ciclos paleoclimáticos do período Quaternário.</p>\n', created = 1745050961, expire = 1745137361, headers = '', serialized = 0 WHERE cid = '2:6b88c5582ffbaad280f8d4e31f87ff61' in /var/www/usprio/includes/cache.inc on line 108.

Estrutura de Reprodução em uma População Isolada de Drosophila sp. B

Tema: 
Biodiversidade
Autor(a): 
Evandro Marsola de Moraes
Orientador(a): 
Fábio de Melo Sene
Palavras-Chave: 
não há
Ano: 
2000
Curso: 
mestrado
Unidade: 
FMRP -- FAC DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO

Drosophila sp. B é uma espécie cactofílica do grupo repleta endêmica da América do Sul. Os indivíduos desta espécie criam suas larvas exclusivamente em cactos em decomposição. Suas populações estão distribuídas numa zona de vegetação xerofítica que se estende da Caatinga ao Pantanal, cruzando o Cerrado no Brasil-central e sudeste. Nesta última região, nos estados de São Paulo e Minas Gerais, as populações de Drosophila sp. B são encontradas nos topos de morros isolados, com vegetação de campo rupestre com a ocorrência da cactácea Pilosocereus machrisii, formando uma situação de "ilha" em área continental. Há indícios de diferenciação entre as  populações de Drosophila sp. B que ocorrem nesses morros da região sudeste, levando a crer no isolamento de cada uma delas.  Neste cenário, o estudo da estrutura de reprodução se torna uma condição importante para o entendimento da história evolutiva dessa espécie, uma vez que tal estrutura é um dos principais fatores envolvidos na manutenção da variabilidade genética das populações. Neste trabalho, a estrutura de reprodução da população de Drosophila sp. B, no Morro do Forno (Altinópolis-SP), foi estudada visando verificar o grau de estruturação da população em função dos cactos hospedeiros.  Neste estudo foi realizada a análise comparativa das freqüências aloenzimáticas entre amostras temporais da população adulta e diversas amostras de indivíduos emergidos nos cactos em decomposição. Os resultados dos índices de fixação das estatísticas F indicaram que a estrutura de reprodução é fortemente afetada pelos cactos em decomposição, pois há diferenciação entre as progênies de cada cladódio.  Foi verificado que esta diferenciação é principalmente devida ao efeito fundador, uma vez que o número efetivo de indivíduos responsáveis pela colonização de cada local de criação é bastante reduzido. Também foi constatado substancial endocruzamento nos locais de criação, provavelmente devido ao pequeno número de "colonizadores" e à suposta tendência das moscas permanecerem próximas aos locais onde foram criadas. Em função da população total ser uma reunião das subpopulações dos cactos, pode-se concluir que ela não está em panmixia. Apesar desses resultados, os índices observados que representam a variabilidade genética são similares aos de outras espécies cactofílicas que não se encontram numa situação de "ilha". Para explicar esta observação, é feita uma hipótese relacionando a conhecida expansão do tamanho populacional dessa população de Drosophila sp. B com a sua estrutura de reprodução, que levaria ao aumento da variabilidade genética na população, em vez da redução como seria esperado em populações com índices altos de endocruzamento.  Esta hipótese também é estendida para a manutenção da variabilidade genética na espécie, que acredita-se ter passado por vários eventos de expansão e retração das suas populações durante os ciclos paleoclimáticos do período Quaternário.