user warning: UPDATE command denied to user 'w3usprio'@'172.28.0.3' for table 'cache_filter' query: UPDATE cache_filter SET data = '<p>A humanidade lida atualmente com um grande problema, as mudanças climáticas, e o setor da construção contribui para isso pela emissão de CO2 na produção de materiais, sendo importante a criação de políticas nesta área, o que depende da existência de indicadores que permitam o entendimento dos problemas por atores diversos. O objetivo desta pesquisa foi a determinação de indicadores relacionados à emissão de CO2 no segmento de concreto nacional para avaliação de sua relação com as mudanças climáticas. Os resultados mostram esta emissão na faixa de 195 a 231 kgCO2/t de concreto, sendo 87% e 88% associados ao cimento. As emissões no concreto encontram-se entre as maiores da cadeia de materiais de construção nacional, com média de 24,7 MtCO2/ano em 2007, e são determinadas pelas emissões do segmento cimenteiro e pelas condições de produção do concreto, entre outros fatores. Nesta pesquisa, determinou-se faixa de emissões do cimento, no Brasil, entre 639 a 715 kgCO2/t, com média 677 kgCO2/t, que é inferior às emissões médias mundiais, que variam de 810 e 880 kgCO2/t. A indústria cimenteira brasileira tem consumo de energia na produção de clínquer inferior à média mundial, embora menor do que se pode obter com a melhor tecnologia disponível. Mesmo assim, é necessário estudar cenários de evolução das emissões, pois os prognósticos apontam para a continuidade do crescimento de consumo de cimento no país. Atualmente, as emissões por uso de combustíveis no cimento são similares às de 1990, ano que é adotado como referência em cenários de evolução de fatores ligados às mudanças climáticas. Entretanto, esta indústria reduziu seu consumo energético em aproximadamente 40% no período 1970-1990, tendo esgotado parte do seu potencial de redução por troca de tecnologias ultrapassadas por tecnologia moderna. ) O potencial de redução das emissões ainda considerável, por ações como troca de combustíveis, uso de adições, etc. Nos cenários escolhidos para os estudos, caso não haja mudanças na emissão de CO2 no cimento, as emissões totais, em 2030, serão iguais a 3,0 e 4,5 vezes as de 1990. Nestes patamares, o crescimento das emissões será maior que os necessários para enquadramento em qualquer dos cenários de mitigação considerados mundialmente na atualidade, o que mostra os desafios que a indústria cimenteira enfrentará nas próximas décadas. O setor da construção também pode contribuir através da melhoria do controle tecnológico na produção do concreto, e pela maior participação do concreto usinado no segmento. Este trabalho se insere num tema mais geral: sustentabilidade da cadeia de materiais de construção, que é cada vez mais importante. Nesta cadeia, há dificuldade de se encontrar indicadores confiáveis, o que é relacionado, em parte, ao alto grau de informalidade e organização setorial deficiente em alguns segmentos. Por isso, a utilização de ferramentas que permitam a identificação e estudo de problemas relevantes com grau adequado de confiabilidade e com boa relação custo-benefício das pesquisas é muito importante. A análise de fluxo de materiais, usada nesta pesquisa, é uma das ferramentas que cumprem esta função</p>\n', created = 1716143898, expire = 1716230298, headers = '', serialized = 0 WHERE cid = '2:2e92f30081fae4b01d101c290c76218b' in /var/www/usprio/includes/cache.inc on line 108.

Avaliação das conseqüências da produção de concreto no Brasil para as mudanças climáticas.

Tema: 
Mudanças Climáticas
Autor(a): 
José Antonio Ribeiro de Lima
Orientador(a): 
Vanderley Moacyr John
Palavras-Chave: 
mudança climática, sustentabilidade, material de construção, concreto
Ano: 
2009
Curso: 
Doutorado
Unidade: 
EP -- ESCOLA POLITÉCNICA

A humanidade lida atualmente com um grande problema, as mudanças climáticas, e o setor da construção contribui para isso pela emissão de CO2 na produção de materiais, sendo importante a criação de políticas nesta área, o que depende da existência de indicadores que permitam o entendimento dos problemas por atores diversos. O objetivo desta pesquisa foi a determinação de indicadores relacionados à emissão de CO2 no segmento de concreto nacional para avaliação de sua relação com as mudanças climáticas. Os resultados mostram esta emissão na faixa de 195 a 231 kgCO2/t de concreto, sendo 87% e 88% associados ao cimento. As emissões no concreto encontram-se entre as maiores da cadeia de materiais de construção nacional, com média de 24,7 MtCO2/ano em 2007, e são determinadas pelas emissões do segmento cimenteiro e pelas condições de produção do concreto, entre outros fatores. Nesta pesquisa, determinou-se faixa de emissões do cimento, no Brasil, entre 639 a 715 kgCO2/t, com média 677 kgCO2/t, que é inferior às emissões médias mundiais, que variam de 810 e 880 kgCO2/t. A indústria cimenteira brasileira tem consumo de energia na produção de clínquer inferior à média mundial, embora menor do que se pode obter com a melhor tecnologia disponível. Mesmo assim, é necessário estudar cenários de evolução das emissões, pois os prognósticos apontam para a continuidade do crescimento de consumo de cimento no país. Atualmente, as emissões por uso de combustíveis no cimento são similares às de 1990, ano que é adotado como referência em cenários de evolução de fatores ligados às mudanças climáticas. Entretanto, esta indústria reduziu seu consumo energético em aproximadamente 40% no período 1970-1990, tendo esgotado parte do seu potencial de redução por troca de tecnologias ultrapassadas por tecnologia moderna. ) O potencial de redução das emissões ainda considerável, por ações como troca de combustíveis, uso de adições, etc. Nos cenários escolhidos para os estudos, caso não haja mudanças na emissão de CO2 no cimento, as emissões totais, em 2030, serão iguais a 3,0 e 4,5 vezes as de 1990. Nestes patamares, o crescimento das emissões será maior que os necessários para enquadramento em qualquer dos cenários de mitigação considerados mundialmente na atualidade, o que mostra os desafios que a indústria cimenteira enfrentará nas próximas décadas. O setor da construção também pode contribuir através da melhoria do controle tecnológico na produção do concreto, e pela maior participação do concreto usinado no segmento. Este trabalho se insere num tema mais geral: sustentabilidade da cadeia de materiais de construção, que é cada vez mais importante. Nesta cadeia, há dificuldade de se encontrar indicadores confiáveis, o que é relacionado, em parte, ao alto grau de informalidade e organização setorial deficiente em alguns segmentos. Por isso, a utilização de ferramentas que permitam a identificação e estudo de problemas relevantes com grau adequado de confiabilidade e com boa relação custo-benefício das pesquisas é muito importante. A análise de fluxo de materiais, usada nesta pesquisa, é uma das ferramentas que cumprem esta função