Impacto de elevadas concentrações de CO2 e da fertilidade do solo sobre a fisiologia e crescimento inicial Croton urucurana Baill e Cariniana legalis (Mart.) Kuntze, numa simulação climática futura.
Mudanças climáticas globais, causadas pelo aumento da concentração atmosférica de gases, em particular o C’O IND. 2’, é um assunto atual e de grande relevância no mundo inteiro. A recente entrada em vigência do Protocolo de Kyoto que estabelece metas para a redução da emissão de gases de efeito estufa vem de encontro às previsões que indicam que o aumento na concentração de C’O IND. 2’ continuará por um longo tempo visto que alternativas de substituição imediata dos combustíveis fósseis, por enquanto, são inviáveis. Por outro lado, a entrada em vigor desde protocolo abre novas oportunidades de investimentos em países tropicais, através de projetos de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), que enfoquem o seqüestro de carbono pelas florestas. Dado que as plantas absorvem o C’O IND. 2’ através da fotossíntese, este processo constitui-se num importante mecanismo para reduzir o efeito estufa adicional. Por tanto, as florestas exercem um impacto positivo significativo sobre o balanço global de carbono ao agirem como sumidouros para o C’O IND. 2’. No entanto, quaisquer predições são difíceis porque os efeitos de elevados níveis de C’O IND. 2’ sobre as espécies arbóreas tropicais, ainda não estão bem entendidos e modelados. Neste trabalho foram determinados os efeitos de três concentrações de C’O IND. 2’ (370, 555 e 740 ’mü’mol ’mol POT. -1’) sobre as trocas gasosas, fluorescência da clorofila e o crescimento inicial de duas espécies arbóreas jovens de mata mesófila sernidecídua nativas do Brasil, sendo uma espécie pioneira Croton urucurana Baill (Sangra d’água); e uma espécie não pioneira Cariniana legalis (Mart.) Kuntze (Jequitibá Rosa), crescidas em câmaras de topo aberto e cultivadas em solo de floresta sem e com correção nutricional. As informações geradas nesta pesquisa contribuirão para a caracterização da capacidade potencial destas espécies florestais brasileiras como seqüestradoras de carbono para fins de reflorestamento