user warning: UPDATE command denied to user 'w3usprio'@'172.28.0.3' for table 'cache_filter' query: UPDATE cache_filter SET data = '<p>: Através da modelagem numérica, foram estudados neste trabalho os efeitos causados pela mudança no uso do solo em áreas de cultivo de cana-de-açúcar na região norte do estado de São Paulo. Utilizou-se o modelo de mesoescala BRAMS acoplado ao modelo GEMTM para simular a interação dinâmica entre o dossel e a atmosfera em diferentes fases de desenvolvimento da cana-de-açúcar. Dois cenários foram criados: (1) vegetação nativa do estado de São Paulo (CLT); (2) Vegetação nativa com adição da cultura de cana-de-açúcar (CANA). As simulações realizadas compreenderam o período entre 10 de janeiro a 25 de dezembro de 2007, com saídas a cada hora. Para realizar as simulações foram consideradas duas grades aninhadas. A grade externa foi alimentada pela condição inicial e de contorno proveniente dos campos de análise do GFS. Os resultados obtidos revelaram significativas diferentes entre as simulações. Primeiramente, constatou-se que a condição da umidade nas camadas do solo teve grande importância nos resultados. No cenário em que a cana-de-açúcar foi inserida o solo apresentou um maior secamento, contribuindo para que essa menor quantidade de água nas camadas e a maior exposição do solo, devido ao menor índice de área foliar desta vegetação, facilitassem a elevação da temperatura do ar próximo à superfície. O secamento mais pronunciado se deu, em geral, na região central da área de estudo, um dos locais em que a presença da cana-de-açúcar é dominante. O albedo manteve-se maior na simulação CANA em todo o período. Entretanto, houve um maior saldo de radiação sobre a cana-de-açúcar, provavelmente devido à menor cobertura de nuvens gerada pelo modelo, contribuindo para uma maior oferta de radiação incidente na superfície. Em geral, os valores médios de temperatura foram maiores com a adição da cana-de-açúcar, principalmente nas regiões central e noroeste da área de estudo. Os fluxos de calor sensível e latente tiveram um comportamento concordante com a situação esperada para as vegetações estudadas. Em geral, foram observados maiores valores de LE na simulação CTL e maiores valores de H na simulação CANA. A precipitação durante o ano de 2007 mostrou-se, em geral, significativamente maior quando a cana-de-açúcar é inserida no arquivo de uso do solo do modelo. O escoamento horizontal do ar sobre o cenário CTL apresentou-se, em geral, menos intenso devido à maior rugosidade da vegetação correspondente à Mata Atlântica em relação à cana-de-açúcar, principalmente na região central da área de estudo. A utilização do módulo vegetativo dinâmico para simular a cana-de-açúcar demonstrou que, quando este módulo está desativado, a umidade nas camadas do solo tende a diminuir ainda mais, pois o índice de área foliar não varia com o tempo e o solo continua mais exposto à radiação, gerando um conseqüente secamento, que é mais significativo na superfície. Em consequência disso, foi observado que a temperatura média foi maior em todo domínio de estudo, chegando a superar em até 1,1°C os resultados da simulação em que o módulo GEMTM foi ativado.</p>\n', created = 1716150753, expire = 1716237153, headers = '', serialized = 0 WHERE cid = '2:2c82e1c0dd4ed348ebfd18a2b631227d' in /var/www/usprio/includes/cache.inc on line 108.

Modelagem das mudanças no uso do solo em áreas de cultivo de cana-de-açúcar.

Tema: 
Mudanças Climáticas
Autor(a): 
Roger Delavi Araújo
Orientador(a): 
Edmilson Dias de Freitas
Palavras-Chave: 
Desmatamento, Cana-de-Açúcar, Mudanças Climáticas
Ano: 
2010
Curso: 
Mestrado
Unidade: 
IAG – INSTITUTO DE ASTRONOMIA, GEOFÍSICA E CIÊNCIAS ATMOSFÉRICAS

: Através da modelagem numérica, foram estudados neste trabalho os efeitos causados pela mudança no uso do solo em áreas de cultivo de cana-de-açúcar na região norte do estado de São Paulo. Utilizou-se o modelo de mesoescala BRAMS acoplado ao modelo GEMTM para simular a interação dinâmica entre o dossel e a atmosfera em diferentes fases de desenvolvimento da cana-de-açúcar. Dois cenários foram criados: (1) vegetação nativa do estado de São Paulo (CLT); (2) Vegetação nativa com adição da cultura de cana-de-açúcar (CANA). As simulações realizadas compreenderam o período entre 10 de janeiro a 25 de dezembro de 2007, com saídas a cada hora. Para realizar as simulações foram consideradas duas grades aninhadas. A grade externa foi alimentada pela condição inicial e de contorno proveniente dos campos de análise do GFS. Os resultados obtidos revelaram significativas diferentes entre as simulações. Primeiramente, constatou-se que a condição da umidade nas camadas do solo teve grande importância nos resultados. No cenário em que a cana-de-açúcar foi inserida o solo apresentou um maior secamento, contribuindo para que essa menor quantidade de água nas camadas e a maior exposição do solo, devido ao menor índice de área foliar desta vegetação, facilitassem a elevação da temperatura do ar próximo à superfície. O secamento mais pronunciado se deu, em geral, na região central da área de estudo, um dos locais em que a presença da cana-de-açúcar é dominante. O albedo manteve-se maior na simulação CANA em todo o período. Entretanto, houve um maior saldo de radiação sobre a cana-de-açúcar, provavelmente devido à menor cobertura de nuvens gerada pelo modelo, contribuindo para uma maior oferta de radiação incidente na superfície. Em geral, os valores médios de temperatura foram maiores com a adição da cana-de-açúcar, principalmente nas regiões central e noroeste da área de estudo. Os fluxos de calor sensível e latente tiveram um comportamento concordante com a situação esperada para as vegetações estudadas. Em geral, foram observados maiores valores de LE na simulação CTL e maiores valores de H na simulação CANA. A precipitação durante o ano de 2007 mostrou-se, em geral, significativamente maior quando a cana-de-açúcar é inserida no arquivo de uso do solo do modelo. O escoamento horizontal do ar sobre o cenário CTL apresentou-se, em geral, menos intenso devido à maior rugosidade da vegetação correspondente à Mata Atlântica em relação à cana-de-açúcar, principalmente na região central da área de estudo. A utilização do módulo vegetativo dinâmico para simular a cana-de-açúcar demonstrou que, quando este módulo está desativado, a umidade nas camadas do solo tende a diminuir ainda mais, pois o índice de área foliar não varia com o tempo e o solo continua mais exposto à radiação, gerando um conseqüente secamento, que é mais significativo na superfície. Em consequência disso, foi observado que a temperatura média foi maior em todo domínio de estudo, chegando a superar em até 1,1°C os resultados da simulação em que o módulo GEMTM foi ativado.