Pré-fabricação por ajuda-mútua : conhecer, ensinar e aprender.

Tema: 
Economia Verde
Autor(a): 
Alexander Syoei Yamaguti
Orientador(a): 
Maria Ruth Amaral de Sampaio
Palavras-Chave: 
processos pré-fabricados, habitação popular, mutirão, auto gestão, argamassa armada
Ano: 
2006
Curso: 
mestrado
Unidade: 
FAU -- FAC DE ARQUITETURA E URBANISMO

O trabalho aborda o uso de técnicas construtivas industrializadas em processo de produção de moradias por ajuda-mútua. Como enfoque está a Vila Nova Cachoeirinha, referência para profissionais e pesquisadores na área de habitação por sediar durante mais de duas décadas importantes projetos de moradia de interesse social em São Paulo. Neste caso específico trata-se da mais recente etapa de um processo de produção de moradias por mutirão iniciados na década de 80. Enfatiza-se a montagem e gestão de uma usina de pré-moldados dentro de uma organização auto-gestionária (mutirão habitacional da Associação de Moradia Unidos de Vila Nova Cachoeirinha), com apoio de assessoria técnica especializada (Peabiru - trabalhos comunitários eambientais). A necessidade de abordagens não convencionais tanto em relação à tecnologia utilizada ou à organização comunitária, produziram soluções adequadas do ponto de vista técnico e de processo pedagógico, suprindo deficiências de mão-de-obra qualificada e limitações de ordem técnicas e organizacional. O resultado aparece na consolidação e amadurecimento de uma organização comunitária apta a inovar, reciclar e criar conhecimento e na materialização de moradias executadas com a mesma tecnologia e "know-how" aplicado pela indústria de pré-fabricação em usinas de médio e grande porte. Apesar de todo este conhecimento gerado e compartilhado a atual situação do mutirão é de incerteza. Há dois depoimentos que ilustram bem o processopelo qual passou a Associação de Moradia Unidos de Vila Nova Cachoeirinha, o primeiro de 1991 acontece num boom de empreendimentos de interesse social na cidade de São Paulo, euforia, portanto para os movimentos de moradia. O segundo, de 2006, é dado quatro dias após terem recebido a notícia de desapropriação da área e das casas do mutirão, após paralização das obras por mais de um ano e meio