Análise do Múltiplo Uso de uma Área Florestada Urbana - Lorena - São Paulo
As estratégias de manutenção de áreas naturais passam por um conjunto de medidas que devem compor um modelo de gestão. Esse modelo deve ser caracterizado pela integração entre a sustentabilidade ecológica e a atividade da comunidade, colocando o modelo diante das bases da Ciência Ecológica e o reconhecimento de que o homem é parte integrante do ecossistema. Desde 1950, o mundo vem experimentando um modelo de gestão, que quer ser sustentável, denominado de Modelo de Gestão por Uso Múltiplo de Recursos da Floresta. Esse modelo de gestão está centrado na experiência da otimização dos usos de recursos de uma Unidade de Conservação, de modo que sejam explorados o maior número de recursos possíveis, ao mesmo tempo, mas que não comprometa a sustentabilidade do próprio modelo. Diante desse objetivo do modelo surgiram, ao longo do tempo, duas correntes de pensamento que postularam: 1 - esse tipo de modelo de gestão não é viável; e 2 - o modelo de gestão é viável, porém com número reduzido de recursos. Para o debate instalado, esse trabalho está propondo uma organização, defendendo a hipótese de que o Modelo de Gestão por Uso Múltiplo de Recursos é viável e não depende do número de variáveis (recursos) envolvidos, desde que não haja heterogeneidade temporal e espacial entre a organização do órgão gestor e o ecossistema florestal. Há também a necessidade do diálogo do modelo com o modelo de desenvolvimento bio-regiona1, o que garante respostas, tanto para a comunidade, como para a sustentabilidade do modelo e a qualidade de vida da bio-região