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Arqueologia da Baía de Guanabara : estudo dos sambaquis do município de Guapimirim.

Tema: 
Mudanças Climáticas
Autor(a): 
Rhoneds Aldora Rodrigues Perez da Paz
Orientador(a): 
José Luiz de Morais
Palavras-Chave: 
ARQUEOLOGIA
Ano: 
1999
Curso: 
Doutorado
Unidade: 
FFLCH -- FAC DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS

0 presente trabalho refere-se, especificamente, aos sítios localizados no recôncavo da Baía de Guanabara, no Estado do Rio de Janeiro. Teve por objetivo proceder ao estudo dos sítios arqueológicos do Município de Guapimirim, a partir de uma ótica interdisciplinar, visando a reconstituição ambiental da área sem, no entanto, perder seu caráter de investigação arqueológica. Portanto, a proposta aqui adotada foi a de realizar a pesquisa dentro de uma ótica contemporânea, buscando interpretar os registros arqueológicos, também através das contribuições de disciplinas correlatas, visando reconstituir o processo econômico, social e cultural daquela(s) população(ões). A área delimitada para o presente estudo teve como ponto de partida o Sambaqui de Sernambetiba, localizado à beira da estrada BR-5 Manilha-Magé à altura do km 31, estendendo-se aos Sambaquis Imenezes, Rio das Pedrinhas e Arapuan, localizados próximo ao primeiro, e, finalmente, o Sambaqui de Amourins, localizado na margem direita do rio Guapi. Graças aos estudos empreendidos por Amador (1997) sobre a Baía de Guanabara ao longo de vários anos, pode-se utilizar como pano de fundo a lenta e complexa modelagem da paisagem que se processou durante os tempos geológicos, combinada com as mudanças ambientais de clima e nível do mar que produziu, na Baía e Bacia da Guanabara, um diversificado complexo de ecossistemas. Cada um desses ecossistemas possui um significado ecológico particular e urna inter-relação com o ecossistema da Guanabara como um todo que, tomados em conjunto, são fundamentais para se entender o processo de ocupação em tempos pré-históricos. Os estudos realizados nos Sambaquis do Município de Guapimirim demonstraram que os sítios arqueológicos do tipo sambaqui fazem parte de um único complexo cultural, que começou a ser construído a partir de uma estratégia de ocupação que privilegiava o território que iria ser explorado, por uma questão de ) sobrevivência do grupo. 0 presente trabalho constitui-se em uma primeira etapa de um programa de trabalho que tem por objetivo último compreender certos elementos evidenciados pela pesquisa arqueológica, através de respostas fornecidas por outras disciplinas, como a Geologia, a Palinologia, a Botânica, a Zoologia, dentre outras. Portanto, esta é uma investigação preliminar com continuidade de pesquisa prevista. Propõe-se aqui, algumas explanações, deixando outras para serem apresentadas a partir do aprofundamento dos estudos já iniciados. Buscou-se fazer urna correlação entre Arqueologia e as ciências da Terra por entender que o meio ambiente não pode ser encarado como um dado isolado, mas sim como um dado da cultura sobre o meio, isto é, corno um processo de interação entre o sociocultural, gerado pelo homem e a natureza. A pardas atividades de pesquisa propriamente dita, vem-se desenvolvendo um trabalho educativo junto às escolas e comunidades da região tendo em vista a importância da preservação dos sítios pré-históricos. Em razão da relevância de seu patrimônio arqueológico-cultural e de seu entorno natural, a Educação Ambiental acaba por despontar como uma importante intervenção já que permite ao ser humano compreender a natureza complexa do meio ambiente que resulta de aspectos biológicos, físicos, sociais e culturais, para inserir-se nele de uma maneira consciente, utilizando reflexiva e prudentemente as possibilidades e recursos do Universo para satisfação das necessidades materiais e espirituais presentes e futuros da humanidade (Tbilisi, 1977 - in Dias, 1992)