O aeroporto de Congonhas e a cidade de São Paulo.
O objeto deste trabalho passa, inicialmente, pelo entendimento dos vários papéis cumpridos pelo Aeroporto de Congonhas, ao longo do tempo, ora como terminal de transporte aéreo, ora com o perfil que o marcou nos anos 60: o de espaço de lazer domingueiro das famílias, que iam ver os pousos e decolagens no terraço, e de ponto de encontro da boemia paulistana, que ia ao "café do Aeroporto" nas madrugadas em que São Paulo tinha poucos lugares que ficavam abertos 24 horas; ou ainda, o entendimento da interdependência que se estabelece entre o aeroporto e a cidade, e os conflitos ambientais e ao sistema urbano, que a operação desse aeroporto passa a causar, refletidas sobre o cidadão.Com o aumento do volume de trafego aéreo, Congonhas passava a trabalhar no limite de sua capacidade operacional, havendo necessidade de definição de novos Aeroportos para atender as demandas do trafego aéreo Nacional e Internacional, para o transporte de passageiros e cargas.O processo de escolha do novo Aeroporto durou desde os anos cinqüenta, até o fim dos anos setenta, totalizando quase trinta anos de disputas e interesses dos mais diversos.Foram estudados os espaços do Aeroporto de Congonhas, indicando quais foram aqueles aos quais a população atribuiu mais significado, e se apropriou deles como espaços de convivência, caracterizando-os como um "lugar", notadamente aqueles oriundos dos antigos projetos de Congonhas, ou ainda, os espaços de passagem, caracterizados como um"Não-Lugar", bastante enfatizados nos novos planos que estão sendo propostos pelo atual órgão gestor do Aeroporto