![]() |
Face leste do Palacete. Foto: Acervo Família Street |
No início do segundo semestre de 1937, o Palacete foi adquirido pelo Estado de São Paulo para instalação imediata do setor administrativo e das cadeiras humanísticas da recém criada Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, da Universidade de São Paulo. Em 1938, o palacete passou a ser ocupado pelas várias cadeiras da subseção de Ciências Naturais – depois História Natural – da mesma faculdade, vindos do prédio da Faculdade de Medicina da Av. Dr. Arnaldo. A partir de 1955 e até 1959, as cadeiras da História Natural foram transferidas para o campus USP do Butantã, só ficando no Palacete Glette o recém criado curso de Geologia, que lá permaneceu até 1969, quando também foi para o campus. Mas, em 1952, a Figueira já era frondosa e recebeu medalhas como a mais bela árvore. Entre 1972 e 1973, parte das edificações foi alugada para o terceiro distrito policial da Secretaria da Segurança Pública, locação que durou pouco tempo. Depois de 1929, quando o palacete deixou de ser residência, a Figueira teve sua visibilidade reduzida e foi mera coadjuvante dos quase mil gletianos que passaram pelo espaço. Em frente à cantina da Dona Carolina, a Figueira servia de ponto de encontro antes ou depois do almoço, refúgio para estudar antes das provas, namorar e depois que os “geólogos” ficaram sós, como pontos de rodas de música, de trotes. Uma vez vazio, o imóvel ficou sujeito a depredações, furtos e uma acelerada degradação, tomando o aspecto de um cortiço. O palacete e os anexos foram vendidos no inicio da década de 70 e, logo em seguida, demolidos. O terreno foi alocado para um estacionamento, que funciona até hoje no local, permitindo que veículos ocupem agora aquele que poderia ter se tornado um espaço dedicado à memória da USP. Por Neuza Guerreiro de Carvalho - março de 2011 |