O PRÉDIO

O espaço da Maria Antonia, como é conhecido, abriga dois órgãos da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária: o TUSP -Teatro da Universidade de São Paulo que ocupa o piso térreo – com uma sala da diretoria, da equipe de apoio administrativo e financeiro e a bilheteria – e o subsolo – onde estão localizados o teatro, um espaço cênico não convencional que permite diferentes configurações e a sala experimental Plínio Marcos e o CEUMA – Centro Universitário Maria Antonia - que possui espaços de exposição, auditório, salas de aulas e oficinas de arte.



O conjunto dos edifícios da Rua Maria Antonia, 294 abrigou a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP, de 1949 a 1968. Nele lecionaram e estudaram muitas das principais personalidades brasileiras em vários campos da política, da cultura e da ciência. Os prédios da Maria Antonia não eram apenas uma escola, mas simbolizavam um pensamento, uma razão política.

Em outubro de 1968 os prédios da Maria Antonia foram palco de uma das importantes batalhas pela democracia durante o período militar, a “Batalha da Maria Antonia”. O saldo deste confronto foi um estudante secundarista morto e dezenas de feridos, além da invasão e depredação do prédio da Filosofia. Logo em seguida a esse episódio, a Faculdade foi transferida para o campus da Cidade Universitária e os prédios foram destinados a outro uso pelo Governo do Estado.

Em 1985, por sua importância histórica, o edifício principal foi tombado pelo Condephaat como patrimônio dos paulistanos e, em 1991, teve inicio as reformas para abrigar um novo centro cultural., O edifício principal foi devolvido à USP em 1993 e reaberto como um centro de novas experiências no campo da cultura, da arte e dos direitos humanos.